quinta-feira, 18 de março de 2010

Um Quase Atentado ao Pudor - II

Continuando. Tarde da noite, eis que estávamos meu marido e eu vendo um filme na TV quando o inesperado acontece. Primeiro devo descrever o cenário: uma sala com uma estante de parede inteira, na frente de um sofá grande e confortável, que por sua vez ficava encostado a uma janela.
Esta dava para um corredor estreito e o muro da casa. Do outro lado um terreno vago.
Conseguiram visualizar? Como o filme era muito bom, eu me distraí do objeto de minhas alegrias e dores, que pegou no sono. De repente, ele se levanta e, como um raio, pula na janela, numa performance digna de atletas olímpicos pula no muro e do muro no chão. Só tive tempo de subir na janela e vê-lo subir a rua correndo em disparada, apenas de cuecas. De camisola mesmo, pois eu não sabia onde ele ia parar, abri a porta da sala, destranquei o portão e saí correndo atrás. Mas aí ele já tinha desaparecido de minhas vistas. Corri por alguns quarteirões em desespero, quando encontrei-o voltando para casa, tentando esconder-se nas sombras, já acordado. Dessa vez estava "tentando pegar um ladrão que ele surpreendera na nossa casa". Por isso digo que viver com esse homem é oscilar entre o inferno e o paraíso. Dá pra não rir depois? E o melhor é que ele ri junto e ainda faz piada.

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