sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Pequi

Sou absolutamente apaixonada por pequi, um fruto do cerrado. Quando encontro, como em quantidades absurdas, puro, com arroz, com frango...Meu prazer é visível e minha habilidade em roê-los é admirada, pois para quem não sabe, cada caroço contém grande quantidade de espinhos logo depois da polpa, que são extremamente dolorosos. Uma amiga fez um vídeo enquanto eu comia. Achei engraçado e posto aqui para quem quiser ver.https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=641465022633906&id=100003112427718. Rsrsrsrsrsrs...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Meu Filho

Se eu tivesse um filho, ele seria muito amado por todas as mulheres de sua vida. Até pela sogra ele seria. Porque desde pequenino eu ensinaria a ele a honra de nascer, ser educado, criado e amado por essas criaturas angelicais, repletas de abnegação, ternura e altruísmo. Eu o ensinaria que embora donas de uma força descomunal elas são frágeis. Eu o ensinaria a protegê-las e amá-las muito, a estar atento a seus sofrimentos físicos e emocionais, a tratar suas feridas e fraquezas com carinho e compreensão. Eu o ensinaria a respeitá-las acima de tudo e lhe diria que nunca, nem mesmo a mulher mais degradada socialmente, poderia ser  chamasse de louca, de idiota, ser mandada calar a boca com grosseria e olhos de inimigo raivoso. Se eu tivesse um filho ele seria o homem mais feliz do mundo, porque mulheres são assim; dão muito quando pouco recebem e dão o paraíso a quem as ama de verdade.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fobia de Vestido de Noiva

Diz a lenda que toda menina ou moça sonha em casar-se vestida de noiva. Não eu. Na minha época e no meu meio era obrigatório, o que me levou a pensar seriamente em ficar solteira para sempre, só para evitar o ritual do casamento religioso. Pensar em entrar numa igreja cheia, com todos os olhares voltados para mim, de sapato de salto, vestido comprido, fantasiada, causava-me pesadelos. Tinha certeza absoluta que ia tropeçar no salto, me enroscar na barra do vestido, cair estatelada no centro da passarela e ainda quebrar o nariz. Transpirava só em pensar. Não sei se já contei aqui, mas meu falecido marido me pediu em casamento sem que fôssemos namorados. Antes de considerar o inusitado da situação, perguntei logo se ele fazia questão de casamento religioso. Ele disse que pelo contrário, achava a situação estressante e ficaria feliz em casar só no civil. Nessa hora eu tirei milhares de anos de peso das costas e disse sim.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quem nunca?

Quem nunca foi levado pelo orgulho ou por qualquer outro pecado? Isso acontece sempre, mas às vezes tentamos resistir e certas pessoas nos levam ao nosso limite. Há anos tinha um amigo virtual estrangeiro, que me chamava regularmente no chat, mandava emails, no geral era simpático, mas tinha um hábito intrigante. Em nossas conversas ele sempre inseria comentários tais como: "-Hoje comi um peixe delicioso com batatas. Batatas são tubérculos que crescem sob a terra e são usados de diversas formas na culinária." Eu respondia educadamente: "-Gosto muito de batatas, principalmente como purê." Daí a pouco vinha outra explicação esquisita, sobre alguma coisa corriqueira. E eu respondia de forma que ele parasse de me explicar o óbvio, mas não adiantava. Um belo dia ele me disse que ia enviar umas fotos muito interessantes. E eis que chegou um email com cinco fotos. Podem adivinhar que fotos eram essas? Foto 1, vista geral de um banheiro. Foto 2, close da pia. Foto 3, close da ducha. Foto 4, close do porta-xampu. Foto 5, close do vaso sanitário. Entenderam? nem eu, até que li as explicações: "-Amiga, este é um lugar que temos aqui e serve para nossa higiene. Na foto 2 temos um recipiente que usamos para lavar o rosto, as mãos e escovar os dentes. A foto 3 mostra o lugar de onde sai a água para lavar o  corpo. A foto 4 mostra o lugar onde colocamos os ítens necessários para fazer isso. Finalmente a foto 5 mostra o lugar onde fazemos nossas necessidades básicas. Espero que tenha gostado." Gente, não resisti, nesse momento tive a certeza absoluta que ele achava que éramos mega sub-desenvolvidos. Me subiu uma raiva tão grande, que mesmo cometendo diversos pecados de uma só vez, respondi: "Caro amigo, achei muito interessante que você quisesse me mostrar o seu banheiro, por sinal muito bonito, embora bem mais simples dos que estamos acostumados por aqui. Só me causou estranheza o fato de que você não tenha nenhuma banheira simples ou de hidromassagem, porque em todos os cinco (número escolhido ao acaso)  banheiros que tenho em minha casa não dispenso  a ducha e uma banheira." Dessa vez ele entendeu e me excluiu. Rsrsrsrs...

terça-feira, 27 de maio de 2014

Meu maior mico

Sem dúvida sempre me meto em situações inusitadas, mas a que mais me assombra envolve o inseto do qual tenho um nojo absurdo, incontrolável. Claro que já sabem que é a cascuda, a maldita barata. Então foi assim: uma conhecida teve a infeliz idéia de me convidar para seu almoço de aniversário. Montou uma mesa bem comprida na varanda para que todos os convidados se sentassem juntos. Sobre a mesa diversos frangos recheados com farofa, arroz e maionese. Como se não bastasse a minha presença de risco, ainda colocaram ao meu lado uma criança atenta e sem papas na língua. Deu no que deu. Começamos todos a comer e lá pela terceira garfada, quando fui comer a farofa, eis que pego uma barata morta, que veio para mim na mesma posição dessa da foto, com as perninhas para cima. Tentei segurar, mas só consegui virar de lado e vomitar. Enquanto isso, com meu cérebro funcionando a mil, eu tentava arranjar uma desculpa para meu gesto, se é que havia, para não acabar de vez com o almoço. Antes que conseguisse me recompor a garotinha olhou no meu prato, pegou o garfo e falou bem alto: "-Olha! tem uma barata morta dentro da farofa dela!". Aí a coisa ficou feia. Era gente vomitando e cuspindo pra todo lado, eu tentei me desculpar mas não conseguia parar de fazer vômito, saí correndo de lá e até hoje não sei no que deu. Mas morro de vergonha e de pena da aniversariante, coitada!

sábado, 22 de março de 2014

Sem Saída

Apesar da dificuldade da caminhada ela jamais abandonou sua mala de sonhos. Ali ela carregava a lua cheia que olharia abraçada com seu amado tomando taças de vinho, o maravilhoso por-do-sol que veriam sentados num banco na praia; trazia a música que dançariam colados por noites inteiras. Trazia a cama onde curiosos explorariam o corpo do outro como numa aula de anatomia. Trazia também muitas delicadezas, como flores, palavras gentis, gestos de carinho, de compreensão, algumas lágrimas compartilhadas, de alegria ou de dor.Os sonhos iam se acumulando e com o tempo foram ficando muito pesados. Mas ela acreditava sinceramente que um dia  encontraria alguém e então eles seriam todos usados. E enquanto uns fossem usados e outros criados, seriam duas mãos a carregá-los. Caminhou vergada com seu peso por muitos quilômetros e quando estava no fim de sua jornada, viu-se de repente com a mala de sonhos na mão direita, e, algemada à sua mão esquerda uma criança mimada, egoísta e grosseira. Os sonhos não eram grilhões, pois eram doces. Ela olhou para o pouco caminho que restava e percebeu dolorosamente que não conseguiria chegar carregando os dois pesos; um estava preso a seu pulso e o outro tornava-se inútil pois não havia mais tempo para realizá-los e eles já estavam morrendo. Abandonou a mala com tantos sonhos sem uso e seguiu em frente desesperançada, ouvindo e sentindo os destemperos da criança e torcendo para chegar logo ao seu destino. Ah! havia também uma sacola de esperança, mas essa já estava vazia, porque é a esperança que alimenta os sonhos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ask Mi: Aprenda a ser uma esposa irresistível!

Ask Mi: Aprenda a ser uma esposa irresistível!: Essa semana assisti a uma aula da Dora Porto , orientadora familiar, que me fez refletir muito sobre a vida a dois! Recebi tantas informa...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mudança de Rota

Um dos maiores prazeres de minha vida era a leitura. Um dia eu não queria mais ler, por mais que  tentasse. Respeito demais meus instintos e resolvi dar um tempo e esperar até entender. Não demorou muito e a resposta aflorou. Percebi que eu tinha cansado de teorizar, viver vidas falsas através dos livros e não me interessava mais pesquisar mistérios insondáveis, não queria mais saber o que veio antes de mim e o que virá depois, não estou nem aí para quem vai ser o novo chefe da banda, como já disse alguém. Também não vou mais me preocupar se não sei o nome desse alguém. Não tenho mais tempo a perder e vou optar pelo que me faz feliz, pela simplicidade das coisas, pelo que eu quero e não o que esperam de mim (será que esperam mesmo ou fui eu que criei falsas expectativas?). Bom, agora isso não mais importa. Estou trocando um livro por um chopp numa mesa de calçada, papos cabeça por um monte de gargalhadas com os amigos. Livros são maravilhosos, vasto campo de conhecimento. Mas chega um dia em que não é tão importante nem seremos menos felizes se não soubermos quem foi Kant, Freud ou Spinosa. Finalmente chegou meu dia de libertação.