domingo, 25 de abril de 2010

"Serial Killer"de Gatos

Hoje, quando acordei, tive um "insight"; deve existir alguém por aí pensando que sou uma cruel assassina de gatos, logo eu que os amo tanto. Quando morávamos em Cuiabá, tínhamos uma casa enorme, com um lindo jardim de plantas ornamentais e frutíferas. Um dia apareceu por lá um gato de rua, com presas enormes e visíveis sinais de longos anos de luta pela sobrevivência. Veio com jeito de que moraria conosco, embora extremamente arisco. Como entendo a psicologia felina, pedi que ninguém tentasse tocá-lo, apenas que fosse bem alimentado. Quem conhece o sabor da conquista por merecimento pode entender a alegria que senti quando um dia, enquanto estava sentada na varanda, ele veio sutilmente, esfregou-se em minhas pernas e concedeu-me o privilégio de alisar as suas costas. Em poucos dias nós o encontramos morto. Resolvi enterrá-lo debaixo de uma frondosa mangueira. Logo começaram a aparecer gatos vira-latas idosos ou muito doentes, que transformaram minha casa num asilo. Eram cuidados até a morte e fiz da sombra da mangueira um cemitério. Quando nos mudamos de lá, tive o desprazer de ver todo o jardim arrancado, inclusive a bela mangueira, pois os novos donos não gostavam de plantas. Hoje fiquei imaginando a reação deles se encontraram um monte de esqueletos de gatos enterrados no mesmo lugar. É possível que tenham pensado que eu matava os gatos que entravam na minha casa, quem sabe em rituais macabros!...Credo!...

2 comentários:

  1. É verdade mamãe,pensando bem,os novos moradores devem conviver com o mistério,e se bobear devem ver até fantasma de gato,tamanho o sugestionamento do ser humano!!haha!

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  2. Pois é, Marta, meu caso é diferente do seu.Quando pequena, morávamos no sìtio, precisávamos de gatos para combater os ratos no paiol de milho. Mas meu pai só deixava que um gatinho ficasse vivo quando a gata desse cria. Então, nós as crianças, éramos incumbidas de escolher o mais bonitinho dos felinos e "exterminar" os demais. Nem te conto como...

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