quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Fuzil, o Cachorro.

Minha mãe conta que quando eu era bem pequenina tínhamos um cachorro chamado Fuzil. Não riam, porque mais um nome e uma situação pitoresca surgirá; eu tinha um babá (?) chamado Brasil. Um dia eu estava sentada no pátio e Fuzil apareceu espumando e rosnando e começou a andar em volta de mim, muito perto do meu corpo. Brasil tentou me pegar no colo e foi violentamente repelido pois ele não permitia que ninguém se aproximasse e continuava no seu interminável girar. Aí perceberam que ele estava com raiva e na cabecinha dele, mesmo doente, achava que tinha que me proteger. Meu pai foi obrigado a atirar nele com uma espingarda, o que foi muito difícil, porque teve que achar um ângulo que não me acertasse e a certa distancia, porque Fuzil estabeleceu um grande círculo que ninguém podia ultrapassar. Ainda bem que não me lembro, porque seria muito triste saber que o ultimo pensamento daquele serzinho foi voltado para mim.

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